Satélite usado em Marte agora vasculha o solo do Rio

A Águas do Rio, maior concessionária privada de saneamento do país, tem como aliado no combate a perdas um satélite, que antes era utilizado para encontrar água em Marte. O equipamento hoje está voltado para a capital fluminense à procura de vazamentos em sua rede de fornecimento de água. Testado primeiro na Zona Sul da cidade, o equipamento escaneia com precisão o subsolo de onde está apontado e com softwares inteligentes identifica o que é água potável através do cloro dissolvido na água, utilizado nas estações de tratamento, diferenciando, assim, do que é água bruta – lençol freático, rios subterrâneos ou poços artesianos. Depois de mapeados os possíveis focos de vazamentos, as equipes operacionais iniciam um trabalho mais preciso com o uso de geofone, equipamento ultrassensível a sons, nos locais indicados pelo satélite. O passo seguinte é reparar ou trocar a tubulação e resolver o problema. Centro de Operações Integradas da Águas do Rio no Porto Maravilha

O piloto do projeto com o satélite foi a Zona Sul da capital fluminense, por se tratar de uma das áreas mais difíceis da cidade para encontrar vazamentos ocultos. Isso porque a região possui mais camadas de asfalto nas ruas e o solo é arenoso. Entre outubro de 2022 a janeiro de 2023, o satélite escaneou 582 Km de rede de água. Apenas nesse perímetro e período, foram encontradas 122 possíveis áreas com vazamentos, também confirmados com o geofone. O que já foi reparado devolveu ao sistema 158 milhões de litros de água. Até o final dos consertos e trocas de tubulações em curso, o volume de água recuperada poderá abastecer sete mil habitantes. 



O satélite agora será utilizado nas zonas Norte e Centro da capital, além dos demais 26 municípios que fazem parte da área de atuação da concessionária. Levando água para todos O uso do satélite se soma a outras ações do Programa Contra Perdas da empresa, que inclui a setorização das redes de água da cidade, com a instalação de válvulas que dividem as tubulações em setores, permitindo que obras e intervenções aconteçam pontualmente, não afetando o sistema como um todo. Além disso, também foram instalados equipamentos que registram o volume e a pressão da água em diversos pontos e mandam avisos para o Centro de Operações Integradas (COI) da companhia. Paralelamente, desenvolvem-se ações de fiscalização de ligações clandestinas.

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